Se você é fã de Dark Souls, já deve ter ouvido falar do iceberg de Dark Souls. Mas será que conhece o que se esconde na primeira camada desse verdadeiro abismo de segredos? Vamos embarcar nessa viagem por um dos games mais complexos e intrigantes já criados. Prepare-se para entender os detalhes por trás da fama e dos mistérios do primeiro jogo da FromSoftware e descobrir por que ele se tornou um marco na cultura gamer.
Dark Souls é realmente um dos jogos mais difíceis?
Se você acha que Dark Souls é só mais um jogo difícil, prepare-se para mudar de ideia. A dificuldade desse título vai muito além do “jogo é para hardcore”. Em Dark Souls, até os inimigos mais comuns são um verdadeiro desafio. Não existe um mapa indicando para onde ir, nem dicas na tela te ajudando.
E se você morrer, tudo que conseguiu até aquele momento pode desaparecer num piscar de olhos. Não é à toa que muitos jogadores acabam memorizando cada detalhe do mapa, quase como se estivessem decorando uma canção.Dark Souls quer que você enfrente a morte repetidamente, aprenda com cada erro e, eventualmente, saboreie a vitória. É um desafio genuíno e recompensador, que transforma cada derrota em uma lição e cada vitória em um troféu conquistado com suor e dedicação.
Praise the Sun!
Se você já viu alguém gritando “Praise the Sun” nas redes sociais, saiba que essa expressão nasceu em Dark Souls. Essa frase emblemática surgiu com o personagem Solaire de Astora, um dos NPCs mais queridos do jogo, conhecido pelo otimismo incomum em um mundo sombrio. Solaire oferece aos jogadores a possibilidade de participar do Pacto dos Guerreiros da Luz Solar, um grupo que recompensa aqueles que ajudam outros jogadores no modo online.
O gesto “Praise the Sun”, onde o personagem levanta os braços como se estivesse saudando o sol, acabou se tornando um verdadeiro símbolo do jogo. É um sinal de camaradagem entre jogadores, uma expressão de resistência e, talvez, um lembrete de que há sempre uma luz, mesmo nas trevas mais profundas.
Gwyn e sua música de despedida
Gwyn, o chefe final de Dark Souls, é uma figura trágica. Ele é o líder de um mundo em decadência, preso entre a necessidade de manter a chama acesa e o medo de enfrentar a escuridão. E o detalhe que realmente marca essa batalha é a música que o acompanha.
Ao contrário das trilhas sonoras grandiosas e épicas dos outros chefes, a música de Gwyn é calma e tocada apenas com teclas brancas no piano. Esse detalhe musical aparentemente simples carrega um simbolismo profundo.
Gwyn, que significa “branco” em galês, é o único chefe cuja música não usa notas pretas, refletindo seu temor em relação à escuridão. É como se o próprio Gwyn estivesse tocando a melodia, tentando não encostar nas notas que representam o perigo e o desconhecido. Esse toque de genialidade transforma a última batalha em uma experiência quase poética, onde cada acorde parece narrar o fim de uma era.
A Moonlight Greatsword
A Moonlight Greatsword é mais que uma arma poderosa, ela é um símbolo de todos os jogos da FromSoftware. Desde sua primeira aparição em Kingsfield, em 1995, até Dark Souls e outros títulos da série Souls, essa espada mítica conquistou seu lugar no coração dos jogadores.
Em Dark Souls, a arma só pode ser adquirida cortando o rabo de um dragão, um detalhe que apenas quem realmente explora o mundo do jogo pode descobrir. O que torna a Moonlight Greatsword tão especial é que ela é uma constante no universo da FromSoftware.
Ela reaparece em títulos como Demon’s Souls e Bloodborne, e até mesmo em jogos não relacionados à série Souls, como Ninja Blade e 3D Dot Game Heroes. Assim, a Moonlight Greatsword é mais do que uma simples arma: ela é a assinatura de um estilo de jogo que a FromSoftware aperfeiçoou ao longo dos anos.
Berserk: o mangá que inspirou Dark Souls
Para quem é fã de mangás, Dark Souls traz uma surpresa: várias referências à obra de Kentaro Miura, Berserk. O próprio diretor Hidetaka Miyazaki admitiu que o mangá foi uma grande inspiração na criação do jogo. Quem conhece Berserk logo reconhece semelhanças, desde a ambientação sombria até personagens que parecem saídos das páginas do mangá.
Vários elementos de Dark Souls fazem referência a Berserk. A capa da DLC de Dark Souls, por exemplo, lembra muito a capa do volume 28 do mangá. A Great Sword do jogo também é inspirada na espada do protagonista de Berserk, Guts.
Além disso, personagens como o Taurus Demon, que lembra o antagonista Zod, e Andre of Astora, o ferreiro, que possui traços similares ao personagem Godot de Berserk, são homenagens diretas. Essas referências não são apenas easter eggs, mas sim uma forma de Miyazaki homenagear uma obra que ajudou a moldar o estilo e a essência de Dark Souls.
Descobrindo ainda mais no iceberg
A primeira camada do iceberg de Dark Souls revela que, mesmo na superfície, o jogo já apresenta uma profundidade que poucos títulos conseguem alcançar. Mas o que muitos não sabem é que essa camada é apenas o início de uma jornada repleta de mistérios, segredos e uma complexidade que encanta e desafia os jogadores mais dedicados.
Se você é um explorador, alguém que gosta de desvendar cada detalhe e entender os significados ocultos, então o iceberg de Dark Souls é uma experiência obrigatória. Cada tópico mencionado aqui é apenas a ponta de um iceberg que esconde muito mais. Quem sabe o que se encontra nas camadas mais profundas? Até mais!