Após cinco anos de litígio, a Epic Games e o Google chegaram a um acordo sobre o ecossistema de aplicativos que transformará o Android. A disputa, que começou em 2020 com acusações de monopólio — a mesma estratégia que a Epic usou contra a Apple, mas desta vez com um resultado diferente — finalmente chegou ao fim.
O Google fará concessões significativas. A comissão padrão do Google Play será reduzida para 9% ou 20%, dependendo do tipo de transação — uma redução considerável em comparação com as taxas anteriores. Mas a mudança mais radical é a abertura oficial do Android para lojas de aplicativos concorrentes.
A partir da próxima versão do sistema operacional, os usuários poderão instalar e usar lojas de aplicativos alternativas sem serem obrigados a usar o sistema de pagamento do Google. Ao fazer compras nessas plataformas concorrentes, eles terão acesso a uma variedade de métodos de pagamento, incluindo o método de pagamento padrão do Google, que será apenas um entre vários disponíveis.

Mais importante ainda, o Google se comprometeu a manter essas mudanças até junho de 2032. Essa não é uma mudança regional. As alterações serão aplicadas globalmente, demonstrando um verdadeiro reposicionamento da empresa no mercado de distribuição de aplicativos.
Sameer Samat, presidente do Android, e Tim Sweeney, CEO da Epic Games, já manifestaram publicamente seu apoio ao acordo, um sinal de que ambos os lados o consideram um resultado equilibrado.
Para os desenvolvedores de aplicativos, essa mudança abre caminho para que eles se livrem da comissão do Google Play. Pequenas plataformas independentes ganham um alívio. Os usuários, por sua vez, passam a ter uma escolha real de onde baixar aplicativos e como pagar por eles.
Esse resultado posiciona o Android como um ecossistema mais aberto — um contraste direto com o modelo fechado que a Apple vinha adotando até então.








