A temporada do The Game Awards 2024 trouxe surpresas, mas nenhuma tão polêmica quanto a indicação de Shadow of the Erdtree, a DLC do aclamado Elden Ring, na categoria de Jogo do Ano. Enquanto muitos comemoram o reconhecimento da obra-prima da FromSoftware, outros questionam: uma DLC deveria competir ao lado de jogos completos? Será que isso é justo com os outros concorrentes? Vamos nos aprofundar nessa discussão.
A força de um campeão: O impacto de Elden Ring e sua DLC
Desde que foi lançado em 2022, Elden Ring conquistou o coração dos jogadores, levando o prêmio de Jogo do Ano na época e estabelecendo um marco na história dos games. Com mais de 25 milhões de cópias vendidas antes mesmo do lançamento de Shadow of the Erdtree em junho de 2023, o jogo base já se consolidava como um fenômeno.
A expansão Shadow of the Erdtree chegou para reforçar ainda mais o legado de Elden Ring. Oferecendo entre 15 a 20 horas de história principal, podendo chegar a 50 horas para aqueles que querem platinar, o DLC trouxe 55 novos chefes e um mapa que, embora seja 40% menor que o jogo base, apresenta uma densidade de conteúdo impressionante. Mas será que tudo isso justifica uma nova indicação ao prêmio mais cobiçado da indústria?
As regras do The Game Awards: DLCs são bem-vindos?
O anúncio das indicações reacendeu um debate antigo: DLCs, remakes e expansões deveriam competir na mesma categoria que jogos completos? Segundo os critérios do The Game Awards, pacotes de expansão são elegíveis se apresentarem “trabalhos criativos e técnicos dignos de uma indicação.” Essa abertura já causou desconforto entre parte da comunidade.
O streamer Lirik, por exemplo, argumentou que essas categorias deveriam ser separadas. Ele não está sozinho: enquanto ninguém questiona a qualidade de Shadow of the Erdtree, muitos sentem que a indicação soa como uma tentativa de premiar Elden Ring pela segunda vez. “Isso realmente parece uma desculpa para dar o GOTY ao mesmo jogo duas vezes”, disse o criador de conteúdo Night Sky.
O que Shadow of the Erdtree trouxe de inovador?
Apesar da controvérsia, é impossível negar que Shadow of the Erdtree elevou o patamar dos DLCs. A expansão não só entregou novos desafios, mas também uma narrativa envolvente que ampliou o universo já rico de Elden Ring. Com regiões inéditas, chefes memoráveis e mecânicas refinadas, ela conseguiu agradar tanto veteranos quanto novos jogadores.
Críticos exaltaram a expansão como uma experiência que justificava seu preço e que entregava um final adequado à história. Não por acaso, Shadow of the Erdtree recebeu avaliações máximas de veículos especializados. Mas será que isso basta para colocá-la no mesmo nível de jogos completos como Final Fantasy VII Rebirth e Black Myth: Wukong?