Sabe aquele papo de que o gamer raiz gosta mesmo é de jogar? Pois é… parece que isso está mudando. Um novo relatório da Newzoo revelou algo que muitos já suspeitavam, mas poucos tinham coragem de admitir: os jogadores de PC estão gastando mais dinheiro com microtransações do que com os próprios jogos.
Jogos novos? Nem tanto
Segundo o estudo, 58% de todo o dinheiro gasto em games no PC em 2024 foi com microtransações, equivalente a US$ 24,4 bilhões. Isso mesmo, mais da metade da grana foi parar em skins, passes de batalha e outros mimos. Enquanto isso, apenas 28%, US$ 10,7 bilhões, foi gasto em jogos completos.

Outro dado curioso, e um tanto preocupante, do relatório é o tempo que os jogadores têm dedicado aos lançamentos. Em 2024, só 8% do tempo de jogo no PC foi investido em títulos lançados naquele ano. O resto? Foi dedicado a clássicos como Fortnite, Roblox, Call of Duty e afins. Isso inclui até o estilo de dança do Venom em Marvel Rivals. Sim, você leu certo.
Jay e Silent Bob: quando a skin vira o novo AAA

E por falar em preço, o relatório da Newzoo destaca um exemplo que beira o cômico (ou o trágico, depende do ponto de vista). O pacote com os rastreadores Jay e Silent Bob, do novo Call of Duty: Black Ops 6, custa US$ 20.
Convertendo, isso dá cerca de R$ 100 apenas por um conjunto de skins. E não é um caso isolado, cosméticos estão ficando cada vez mais caros, enquanto o conteúdo real do jogo parece ficar em segundo plano.
O futuro do jogo é o armário do personagem
Se a tendência continuar, o futuro dos games não vai depender só de gráficos, história ou jogabilidade, mas também de quantas skins o jogador tem no inventário. Com lançamentos gigantes como Elden Ring: Nightreign e Borderlands 4 no horizonte, 2026 pode dar uma respirada, mas a lógica de monetização parece cada vez mais enraizada.
E se GTA 6 Online for mesmo tão grande quanto se espera… bom, prepare o bolso. Porque a próxima skin pode custar mais do que o seu próprio PC.