A Microsoft, em parceria com o estúdio Ninja Theory, revelou o Muse, um inovador modelo de inteligência artificial generativa projetado para auxiliar no desenvolvimento de mecânicas de jogabilidade. O Muse se destaca por ter sido treinado utilizando dados do jogo Bleeding Edge, um título multiplayer lançado em 2020 que não atingiu sucesso comercial e teve seus servidores desativados em 2021.
O principal objetivo do Muse é oferecer suporte aos desenvolvedores na criação de ambientes de jogo e na previsão das ações dos jogadores, otimizando o processo de desenvolvimento e permitindo interações mais rápidas. Embora a qualidade visual das reproduções geradas pela IA ainda esteja em estágio inicial, a tecnologia promete revolucionar a aplicação da inteligência artificial na indústria de jogos.
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Além das funcionalidades voltadas ao desenvolvimento, a Microsoft enxerga no Muse uma oportunidade de preservar jogos clássicos. A tecnologia pode viabilizar a adaptação desses jogos para diferentes plataformas sem a necessidade do hardware original, ampliando o acesso a títulos antigos.
Phil Spencer, CEO da Microsoft Gaming, destacou que o Muse tem a capacidade de aprender integralmente como um jogo funciona, facilitando sua adaptação e portabilidade.
Mesmo diante das preocupações da comunidade sobre o impacto da IA na criatividade e nos empregos no setor de games, a Microsoft reforça que o Muse foi desenvolvido para complementar o trabalho humano. A proposta é acelerar tarefas repetitivas e permitir que as equipes se dediquem aos aspectos mais criativos do design de jogos. Dom Matthews, chefe do estúdio Ninja Theory, ressaltou que a tecnologia proporciona fluxos de trabalho mais ágeis, transformando rapidamente ideias em experiências concretas.
O anúncio do Muse chega em um momento de crescente interesse pela aplicação de inteligência artificial no desenvolvimento de jogos, sinalizando uma nova era de inovação tecnológica e criativa para a indústria.