Novas fotos e vídeos oficiais dos militares ucranianos mostram que estão usando o Steam Deck da Valve para controlar remotamente metralhadoras na guerra em curso com a Rússia.
O uso pouco ortodoxo do Steam Deck está longe de ser a primeira vez que um material de videogame, seja software ou hardware, foi usado por uma força militar.
A contínua invasão russa da Ucrânia ilustra todos os dias como a tecnologia moderna muda enormemente a guerra moderna.
Na era da internet, a tecnologia permite que quase tudo seja distribuído em todo o mundo instantaneamente, sejam vídeos de propaganda ou um jogador de videogame vazando documentos militares classificados, como o que aconteceu com o War Thunder em 2021.
Agora as Forças de Defesa Ucranianas estão utilizando uma nova peça de hardware de videogame e os inimigos visados não serão virtuais.
Fotos e vídeos da TRO Media (Forças Territoriais de Defesa Ucranianas) mostram sua capacidade de controlar torres remotamente.
A legenda no Instagram diz que sua configuração, que utiliza um Steam Deck que provavelmente executa uma interface de usuário personalizada, permite que o operador esteja a até 500 metros da própria arma.
Esta é uma ótima ferramenta para proteger a vida do operador das forças russas que terão como alvo a torre. A legenda do Instagram também observa que qualquer arma antipessoal ou antitanque pode ser instalada na plataforma, não apenas a arma vista no vídeo.
Este é um acessório fascinante do Steam Deck, mas nunca estará disponível para o público em geral.
Pode parecer estranho a princípio usar hardware destinado a explorar jogos para fins de guerra real, mas na verdade é bastante prático.
O Steam Deck pode ser um pouco caro para o consumidor médio, variando de US$ 399 a mais de US$ 600 no seu valor mais caro (aqui no Brasil, o modelo mais barato está custando R$ 3677,00 na Amazon).
Mas para equipamentos militares custa o equivalente a centavos, considerando que cada drone militar atualmente empregado pelas forças ucranianas e russas pode custar mais de US$ 1 milhão cada.
O Steam Deck também é altamente personalizável, ao contrário de sua principal competição portátil, o Nintendo Switch.
Ele roda nativamente o Linux, o que permite uma ampla gama de opções para quem quiser usá-lo para fins fora do que a Valve o programou para fazer, e qualquer jogador que desejar pode até instalar o Windows em seu Steam Deck.
Portanto, está longe de ser um uso ilegítimo da tecnologia de videogame em uma época em que mais e mais relatórios têm surgido sobre militares usando videogames para treinar soldados e executar cenários de combate em potencial.