Todos nós já vimos desenvolvedores e editores criticarem os jogadores de PC por piratear seus jogos. Muitas editoras também estão fazendo o possível para combater a pirataria, implementando sistemas DRM em seus jogos.
Mas você consegue imaginar uma empresa baixando e depois vendendo um jogo pirateado/craqueado? Afinal, aparentemente, foi exatamente isso que a Rockstar fez.
Descoberta pelo modder Silent, a versão Steam do Midnight Club 2 é, na verdade, a versão hackeada pelo grupo Razor 1911 em 2003.
Como você pode ver no editor HEX que Silent usou, a versão Steam do Midnight Club 2 tem a assinatura Razor 1911. Então, em vez de lançar a versão original do Midnight Club 2, a Rockstar carregou uma versão hackeada para vendê-la.
O que é ainda mais engraçado é que a Rockstar pode ter feito isso porque não conseguiu remover o DRM que acompanha o jogo original. Portanto, parece mais fácil apenas baixar a versão crackeada e distribuí-la na Steam.
O mesmo problema está aparentemente presente em Manhunt, conforme documentado no final de um vídeo do YouTuber Vadim M.
Aqui, fica claro que há muitas semelhanças entre o lançamento de Manhunt na Steam e uma versão pirata do Razor 1911 lançada em 2004.
Os problemas são quase idênticos, incluindo o fato de não funcionarem no Windows Vista – que foi lançado após a versão crackeada.
Isso não foi um problema com o lançamento físico, levando muitos a acreditar que a Rockstar usou uma cópia pirata para lançar Manhunt na Steam.
Mas isso não é o pior. À medida que o DRM da Steam entra em ação, ele o considera uma versão ilegítima do jogo. Isso causou problemas como portas que não abriam e problemas significativos de desempenho, tornando o jogo impossível de jogar para muitos.
Anteriormente, isso foi atribuído à idade do jogo, mas o vídeo afirma que é porque é baseado na versão crackeada.
Conforme também explicado no vídeo, uma assinatura do grupo de hackers Myth foi encontrada no executável de Max Payne 2. Isso já tem um certo tempo e ganhou as manchetes resultando na atualização do jogo pela Rockstar para removê-lo.
Tudo isso é, no mínimo, bem estranho. Mas uma possível explicação é a perda do código-fonte, o que significa que a Rockstar teve que contar com a pirataria para relançar esses títulos.
Se esse for o real motivo, podemos dizer que a pirataria salvou estes jogos. E também podemos ver exemplos de jogos bem mais antigos que, se não fosse pela pirataria, jamais teríamos acesso a eles. Mas isso é um assunto para outra ocasião…
Voltando ao assunto principal, essa história colocaria a Rockstar numa posição desconfortável, uma vez que nenhum estúdio de jogos gosta de pirataria.
Para os fãs, isso também significa que eles estavam pagando por uma versão do jogo disponível gratuitamente. E com as medidas antipirataria causando intencionalmente bugs que impossibilitam a conclusão do jogo.
A Rockstar ainda não respondeu ao recente renascimento do interesse neste assunto, nem atualizou todos os jogos afetados.