Ser chamado de Steven Spielberg de alguma coisa – qualquer coisa – é um grande elogio. O cara fez os dinossauros parecerem tão reais que gerações inteiras pensaram que os Velociraptors eram mini T-Rexes que abriam portas, em vez das galinhas perigosas um pouco maiores que realmente eram.
No entanto, o criador de Super Mario Bros., Shigeru Miyamoto, não está muito satisfeito por ser comparado ao diretor, provavelmente porque a lenda do videogame não merece comparação.
Em uma conversa com a GameSpot sobre The Super Mario Bros. Movie e Super Nintendo World, perguntaram a Miyamoto o que ele pensava sobre as pessoas o chamarem de “Walt Disney do mundo dos videogames”.
Ele disse ao entrevistador que às vezes também é chamado de “Spielberg do mundo dos jogos”, mas não gosta muito de tais títulos e comparações.
“Sou Miyamoto. Miyamoto é Miyamoto e Nintendo é Nintendo”, disse ele. “No entanto, sinto-me muito honrado por ser comparado à Disney. Mas, dito isso, em vez de comparar a Nintendo à Disney, sinto que a Disney até certo ponto, especialmente para as famílias, [representa] uma sensação de segurança para as famílias.”
Ele continuou, dizendo que, embora os videogames geralmente não sejam equiparados a segurança, a Nintendo, como uma marca de videogame, atingiu um ponto em que pode ser comparada a empresas como a Disney e, portanto, talvez possa dar essa garantia.
Miyamoto também foi acompanhado por Shinya Takahashi, gerente geral da divisão de planejamento de entretenimento.
“Nós, como desenvolvedores, pensamos em nós mesmos mais como uma empresa de entretenimento”, acrescentou Takahashi. “É aí que está o nosso objetivo. E então olhamos não apenas para os jogos, mudamos do jogo para o parque, também temos um filme que será lançado em breve e esperamos que todos gostem. Estamos tentando, tanto quanto possível, que nos aproximemos desse ideal que o Sr. Miyamoto mencionou, onde somos uma empresa associada à tranquilidade para os membros da família.”
Adiantou ainda que a empresa vai continuar a assumir novos desafios pois pretende chegar a um ponto em que tanto quem cria o entretenimento, como quem o consome, o possa desfrutar.
“A Nintendo é a Nintendo e somos diferentes de todos os outros.”
