Você já imaginou ver piratas incentivando outros a comprarem um jogo? Pois é, Hollow Knight: Silksong conseguiu esse feito. O game levou anos para sair, sofreu atrasos e virou praticamente uma lenda. Mas quando finalmente chegou, foi pirateado em menos de quinze minutos.
Até aí, nada. O choque real veio depois: os próprios piratas começaram a defender o estúdio e a incentivar a compra. Sim, é isso mesmo que você leu.
O lançamento relâmpago: pirateado em 15 minutos
Silksong mal tinha respirado e já estava circulando em sites de torrent e fóruns obscuros. A rapidez impressiona, mas a comunidade pareceu menos interessada em “se gabar” do feito e mais em discutir outra coisa: a moralidade da pirataria.
Enquanto uns celebravam ter acesso imediato, outros lembravam que a Team Cherry, um pequeno estúdio indie australiano, formado por apenas três a quatro pessoas, entregou um jogo de qualidade absurda por apenas R$ 59,99.
Quando até piratas viram fãs fiéis
Esse talvez seja o ponto mais surreal de toda a história. Em fóruns que normalmente giram em torno de tutoriais para quebrar DRM ou links para downloads, surgiram mensagens inesperadas: “Apoiem a Team Cherry, eles merecem”.

Muita gente começou a relatar que Silksong seria o primeiro jogo comprado da vida ou pelo menos o primeiro em muitos anos. O discurso ganhou força porque o estúdio tem histórico de respeito com a base de fãs. Eles garantiram, por exemplo, que todos os apoiadores originais de Hollow Knight recebessem Silksong de graça na plataforma de sua escolha.
Além disso, o jogo não veio cheio de barreiras anti-pirataria, algo que costuma irritar até jogadores que compram. Esse gesto de confiança parece ter criado um efeito inesperado: a pirataria, em vez de corroer as vendas, virou combustível para mais gente colocar a mão no bolso.