Na semana passada, funcionários da Ubisoft Paris convocaram greve devido aos baixos salários e aos ciclos de desenvolvimento “exaustivos”. Ao mesmo tempo em que alegou que o CEO Yves Guillemot transferiu a culpa pelos problemas financeiros da empresa para os funcionários.
A greve está sendo planejada agora, pois dois sindicatos convocaram os funcionários para realizá-la nesta sexta-feira (27/01).
O STJV e a Solidaires Informatique divulgaram um comunicado que denuncia a direção da Ubisoft por continuar a “questionar o trabalho realizado (pelos funcionários) sem nunca considerar a possibilidade de suas próprias falhas e cegueira” (conforme relatado por Libération e Eurogamer).
A declaração continuou chamando “o absurdo das condições de produção dos jogos e a maneira como nossos colegas e camaradas são tratados como pesos e fardos dos quais devemos nos livrar”.
Uma das principais preocupações sobre a declaração de Guillemot aos funcionários é que isso aumentará a pressão e os levará ao excesso de trabalho e ao esgotamento.
Isso foi provocado por seu comentário dizendo que “a bola está do seu lado”, algo pelo qual ele se desculpou desde então. Porém, ele se desculpou pela forma como foi lido, “Lamento que isso tenha sido entendido dessa forma”.
Quanto às reivindicações do sindicato, ele pede um aumento de 10% (dez por cento) em todos os trabalhadores para contabilizar a inflação, bem como melhores condições de trabalho, uma semana de trabalho de quatro dias, mais transparência quanto aos planos da Ubisoft com locais e equipe global e se posicionar contra políticas gerenciais abusivas.
Os comentários de Guillemot e o anúncio de greve seguiram-se à notícia de que a Ubisoft havia cancelado três jogos não anunciados, ao mesmo tempo em que adiava Skull & Bones.
Isso aconteceu devido ao fraco desempenho e vendas bem baixas, com Guillemot afirmando que a Ubisoft está “enfrentando grandes desafios”.
Mais tarde, foi revelado que esses jogos foram cancelados porque não eram “o que os jogadores queriam”.
As greves estão sendo planejadas para o próximo 27 de janeiro, protestando contra as condições de trabalho, salários, políticas abusivas e os comentários de Guillemot, embora a Ubisoft ainda não tenha comentado publicamente.