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Recentemente a Steam decidiu passar a dar poder para operadoras de pagamento decidir quais jogos são adequados ou não para o seu catálogo no PC, e agora sabemos que o grupo australiano Collective Shout está por trás dessa iniciativa.

Em uma declaração à PC Gamer, a Valve citou a pressão de operadoras de pagamento, como empresas de cartão de crédito e PayPal, para a medida, enquanto o Collective Shout divulgou sua carta aberta e campanha contra os consumidores, visando os processadores de pagamento por incitarem essa pressão.

O Collective Shout foi fundado em 2009, cofundado pela autoproclamada “feminista pró-vida” Melinda Tankard Reist. Esse grupo se descreve como “um movimento de campanha de base contra a objetificação das mulheres e a sexualização das meninas na mídia, na publicidade e na cultura popular“. Até o momento, participou de:

  • Esforços malsucedidos para banir Snoop Dogg e Eminem da Austrália
  • Uma campanha bem-sucedida em 2015 para impedir que Tyler the Creator fizesse uma turnê pela Austrália
  • Uma campanha bem-sucedida em 2015 para pressionar a Target e a Kmart a pararem de vender Grand Theft Auto 5 na Austrália
  • Uma petição para proibir a venda do jogo No Mercy, o que acabou levando os desenvolvedores a retirá-lo do Steam
  • Uma petição sem sucesso para proibir a venda de Detroit: Become Human na Austrália

Petição com mais de mil pessoas

O grupo disse que 1.067 pessoas ligaram e enviaram e-mails para processadores de pagamento como parte dessa campanha. Não está claro quando a Valve atualizou seus Termos de Serviço para desenvolvedores, mas a exclusão em massa de jogos de sexo parece ter começado em 15 de julho.

Todos esses fetichistas de jogos pedófilos com cérebros podres e doentios por pornografia estão tão desesperados para colocar as mãos em jogos de incesto do tipo “estupre minha irmãzinha” que agora estão trocando dicas sobre como encontrá-los para que não morram todos da noite para o dia“, disse Melinda Tankard Reist, cofundadora do Collective Shout.

Artigos removidos do Waypoint

O portal especializado Waypoint haviam sido os primeiros na imprensa especializada em jogos a apontar a conexão entre a Collective Shout e as mudanças recentes na Steam, uma conexão que é de conhecimento público — pelas próprias declarações da Collective Shout — e não uma alegação feita pela Waypoint contra o grupo.

Essa ação do Collective Shout parece estar longe de acabar, já que o grupo alega que ainda existem cerca de 80 de 500 jogos que precisam ser removidos da Steam.

Por mais que esses jogos removidos realmente sejam de qualidade duvidosa e até apresentem os conteúdos alegados pelo grupo australiano, essa ação pode sem dúvidas abrir um grande precedente para a remoção de outros jogos com diferentes temas no futuro, já que a Valve repassou esse poder para operadoras financeiras, que recebem uma grande pressão do grupo Collective Shout e de outros.