samus aran - metroid dread
Samus Aran - Metroid Dread - (Créditos da Imagem: Bonzai)

Hoje é o Dia Internacional da Mulher. E, pensando nesta data, resolvi compartilhar este post especial sobre as mulheres nos videogames. Mas quero fazer algo um pouco diferente.

Vou citar sim algumas personagens femininas que foram e são marcantes no mundo dos videogames, mas também quero citar uma figura importante nos bastidores e também citar personagens femininas que talvez não sejam tão famosas, pelo menos não nos dias de hoje. Sem mais delongas, vamos à elas:

Samus Aran

Samus talvez seja minha personagem feminina favorita. Provavelmente ela foi a primeira grande heroína dos videogames e é uma caçadora de recompensas, que é uma profissão completamente “casca grossa”.

No primeiro jogo (Famicom Disk System, 1986), não há absolutamente nenhuma atenção voltada para o gênero dela. Muitos, assim como eu, demoraram para descobrir que Samus era uma mulher.

Os jogos posteriores explorariam a ideia de Samus como uma mãe substituta, o que é uma reviravolta muito legal que a fortalece ainda mais e resulta em uma grande recompensa em Super Metroid (meu primeiro contato com a série Metroid). Quanto menos eu falar sobre sua caracterização em “Other M”, melhor.

Rosella Graham

Apesar de aparecer pela primeira vez como a típica “Donzela em Perigo” em King’s Quest 3 (1986 – PC, Apple, Amiga, Mac), Rosella conseguiu um papel de protagonista na sequência.

Roberta Williams, pioneira em videogames, escreveu o jogo que coloca Rosella em uma aventura para salvar seu pai de uma doença misteriosa.

O que é particularmente revelador sobre este jogo é que, antes da aventura começar, Rosella é avisada de que sua viagem a uma terra distante para encontrar a fruta que salvará seu pai é quase certamente uma viagem de ida: no entanto, ela concorda, apesar da tarefa quase impossível diante dela.

Infelizmente, o próximo papel principal de Rosella em King’s Quest VII veria sua personagem reduzida da jovem mulher forte e altruísta que ela era, a um estereótipo narcisista e choroso de “garota do vale”.

Terra Branford

Conhecida como Tina Branford na versão japonesa, ela é a primeira protagonista feminina da série Final Fantasy. Final Fantasy VI (Super Nintendo, 1994) começa com um império que está apavorado com o poder que Terra possui, tanto que eles controlam sua mente.

Sendo uma maga poderosa, Terra iria unir forças com um dos melhores elencos dos videogames, mas sempre fica claro quem é a força motriz por trás da luta contra Kefka.

Lara Croft

Agora chegamos às personagens mais populares. Lara Croft é interessante: pode-se argumentar que ela se tornou famosa fora dos círculos de jogos por causa de sua aparência, mas isso não deve tirar o fato de que Lara é uma personagem talentosa por si só.

Ela não apenas é destemida ao explorar tumbas antigas, mas mesmo nos primeiros jogos (PC, PlayStation e Sega Saturn – 1996), ela se mostra extremamente inteligente, um fato que algumas pessoas tendem a esquecer ao ver fotos dela.

Alicia Vikander, que interpreta Lara no filme de reinicialização de Tomb Raider, mencionou em uma entrevista que, quando era uma menina de 10 anos, ficou maravilhada quando viu meninos de sua idade jogando um videogame de ação estrelado por uma personagem feminina.

Jill Valentine

Outra personagem feminina que apareceu em 1996, nas mesmas plataformas que Lara Croft apareceu. Jill Valentine é uma das duas personagens principais de Resident Evil.

Do ponto de vista estrito da jogabilidade, ela é a mais capaz dos dois protagonistas, podendo carregar mais itens e arrombar fechaduras (Claro que Chris é mais forte com a faca).

A franquia Resident Evil continuaria apresentando uma série de personagens femininas fortes, tanto heroínas quanto vilãs, mas a “Mestra do Desbloqueio” iniciou a tendência durante o primeiro jogo.

Aloy

Agora vamos falar de uma personagem mais contemporânea: Aloy. Ela começa o jogo como uma personagem obstinada e desafiadora, mas realmente se torna algo mais (se você jogou Horizon Zero Dawn, sabe do que estou falando).

Houve muitas críticas a Aloy desde o lançamento do jogo: “ela é sem graça”, “muito genérica”, “não é bonita o suficiente”. Mas quem jogou Horizon Zero Dawn sabe que essas críticas não têm fundamento. Sobre ser bonita, isso é relativo, é questão de gosto. Agora sobre ser sem graça ou genérica, não concordo.

Menções honrosas

Eu poderia citar muitas outras personagens femininas aqui, mas o post ficaria gigantesco. Só para fazer algumas menções honrosas:

  • Ellie (The Last of US)
  • Alyx Vance (Half-Life)
  • Amanda Ripley (Alien Isolation)
  • Clementine (The Walking Dead)
  • Faith Connors (Mirror’s Edge)
  • Jade (Beyond Good and Evil)
  • Red (Transistor)
  • Sarah Kerrigan (StarCraft)
  • Princesa Zelda (The Legend of Zelda)
  • The Boss (Metal Gear Solid)

Carol Shaw

Para finalizar, quero citar uma mulher que não é personagem de videogame, mas uma figura importante dos bastidores.

Carol Shaw (nascida em 1955) é uma ex-designer de videogames, notável por ser uma das primeiras designers femininas na indústria dos games.

Enquanto trabalhava na Atari, Inc. em 1978, Shaw projetou o inédito jogo Polo e projetou 3-D Tic-Tac-Toe no mesmo ano, ambos para o Atari 2600.

O cargo oficial de Shaw na Atari era Engenheira de Software. Mais tarde, ela se juntou à Activision, onde programou seu jogo mais conhecido, River Raid.

De acordo com o manual do River Raid, ela também é uma “estudiosa na área de Ciência da Computação”.

E você, qual a sua personagem feminina favorita dos videogames?