Se alguém dissesse que um jogo indie sobre tráfico de drogas se tornaria o maior sucesso do Steam em pleno 2025, você acreditaria? Pois foi exatamente isso que aconteceu com Schedule I, um simulador em primeira pessoa que coloca o jogador no papel de um aspirante a chefão do narcotráfico.
O game chegou de mansinho, mas explodiu com força: foram impressionantes 414.166 jogadores simultâneos no pico das últimas 24 horas e mais de 116 mil jogando neste momento, segundo o Steam Charts. Esses números colocam Schedule I lado a lado com gigantes como Apex Legends e Dota 2. E o mais curioso? O jogo ainda está em acesso antecipado.
Mas afinal, o que é Schedule I?
Criado por desenvolvedores independentes, Schedule I é um simulador de tráfico com visual retrô, atmosfera sombria e uma proposta polêmica: construir um império das drogas a partir do zero. O jogador começa com pouca grana, um esconderijo mal localizado e um punhado de substâncias ilegais, e precisa usar a criatividade para expandir o negócio.
O game mistura gerenciamento de recursos, compra e venda de entorpecentes, recrutamento de funcionários e até combate contra gangues rivais e a polícia. Tudo isso ambientado em uma cidade fictícia chamada Hyland Point, que lembra um cruzamento entre Vice City e o subúrbio de Breaking Bad.
Por que esse jogo está bombando tanto no Steam?
Além do apelo polêmico (vamos combinar: tráfico de drogas em forma de simulação é no mínimo curioso), Schedule I acertou em cheio na combinação de jogabilidade viciante, ambientação imersiva e um marketing quase inexistente, o que só aumentou a curiosidade.
Outro ponto que atraiu a comunidade gamer foi a vibe nostálgica, com gráficos em pixel art e interface old school, o que remete aos clássicos dos anos 90. É o tipo de jogo que te prende “só mais 10 minutinhos” e, quando você vê, passou horas montando seu império ilegal.
Sucesso orgânico: o boca a boca fez o jogo explodir

O que torna a ascensão de Schedule I ainda mais impressionante é que ele não contou com campanhas de marketing pesadas. O boom veio do boca a boca, de streamers curiosos e da comunidade do Steam, que começou a recomendar o game freneticamente. Resultado? Avaliações “Extremamente Positivas” e uma base de fãs crescendo a cada dia.
A hashtag #ScheduleI está começando a pipocar nas redes sociais, com vídeos de gameplay hilários, estratégias criativas (e bizarras) para dominar a cidade e até debates sobre a ética de um jogo com esse tema.
O fator polêmico: genial ou problemático?
Claro, um jogo sobre tráfico de drogas não passaria despercebido pela polêmica. Há quem critique a romantização do crime e a possibilidade de jogadores mais jovens se envolverem com a temática. Mas a verdade é que Schedule I nunca tentou ser moralista. É uma simulação crua, que mostra tanto os ganhos quanto as consequências de uma vida no crime.
Se você olhar com atenção, o game também faz uma crítica social embutida, mostrando como o sistema penal, a pobreza e a desigualdade alimentam o ciclo do crime. Não é só vender drogas e ganhar dinheiro fácil, o jogo exige estratégia, decisões difíceis e, às vezes, aceitar perdas pesadas.
Vale a pena jogar?
Se você gosta de simulação, estratégia e está disposto a explorar um universo diferente (e sombrio), Schedule I, por R$ 50,99, é um prato cheio. A curva de aprendizado do jogo é gradual, o sistema de progressão é viciante e a ambientação é surpreendentemente imersiva para um indie.
Claro, não é um jogo para todas as idades, nem todos os públicos vão curtir a proposta. Mas para quem se atrai por títulos ousados e fora da curva, esse aqui é uma das melhores surpresas de 2025.